Conacen afirma que inovações tecnológicas no setor devem beneficiar consumidores de baixa renda
O XXIII Encontro Nacional de Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica, que recebeu especialistas e líderes do setor elétrico em Salvador nos dias 16 e 17 de novembro, foi marcado por diversas discussões que envolvem a transição energética. A agenda abordou os impactos sociais da transição no planejamento do sistema elétrico brasileiro, a influência dos novos contratos de concessão e a mobilidade elétrica na carga do Sistema Interligado Nacional (SIN).
A presidente do Conselho Nacional de Consumidores de Energia Elétrica (CONACEN), Rosimeire Costa, destacou a importância do conselho e dos encontros para o setor. “Somos protagonistas no setor energético. Representamos 51 áreas de concessão em todo país e isso mostra a nossa força e a importância do nosso trabalho”, disse Costa.
Júlio Cotias, presidente do Conselho de Consumidores da COELBA/NEOENERGIA, anfitrião do evento, expressou sua gratidão e satisfação pela realização do encontro, enfatizando o esforço conjunto para congregar palestrantes renomados e garantir o sucesso. “Conseguimos reunir especialistas de renome nacional para oferecer o melhor para todos, refletindo o compromisso do setor com o progresso e a inovação”, declarou Cotias.
O evento também contou com a presença de Marcos Madureira, presidente da ABRADEE, Carlindo Lins, consultor e professor, Agnes de Aragão, diretora da ANEEL, Luiz Eduardo Barata, presidente da Frente Nacional de Consumidores de Energia Elétrica, entre outros, proporcionando uma troca de experiências entre diversos segmentos do setor elétrico.
Temas como a abertura ampla do mercado e as perspectivas de redução de custos para o consumidor também foram debatidos, indicando um movimento em direção a um setor mais aberto e competitivo que pode beneficiar os consumidores finais.
Rosimeire Costa destacou que os Conselhos de Consumidores devem debater os temas apresentados com muita seriedade e comprometimento. “Ficou muito claro no nosso encontro a necessidade de discutirmos mais as políticas de fornecimento de energia elétrica atual no Brasil. As inovações tecnológicas beneficiam 2% da população mais rica em detrimento da população vulnerável que consome até 180kwh e não consegue honrar com as faturas porque está sobrecarregada de impostos e encargos do setor elétrico. Temos um comprometimento de conduzir com seriedade os processos de transição energética e na busca de soluções que possam beneficiar o consumidor final a curto e longo prazo”.