No acumulado até julho, o consumo caiu 1,3% e nos últimos 12 meses, a queda chegou a 2,1%
Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Consumidor
O consumo nacional de energia elétrica totalizou 37.006 GWh em julho, com crescimento de 0,9% em relação ao mesmo mês de 2015, segundo divulgou nesta sexta-feira, 2 de setembro, a Empresa de Pesquisa Energética. No acumulado até julho, o consumo caiu 1,3% se comparado com o mesmo período do ano enterior, ficando em 268.508 GWh. Já nos últimos 12 meses, a queda chegou a 2,1%, com um consumo de 460.770 GWh.
Considerando apenas a indústria, o consumo de eletricidade somou 13.860 GWh em julho, com queda de 0,2% em relação ao mesmo mês de 2015. Em termos regionais, segundo a EPE, julho foi o primeiro mês do ano com aumento na demanda de energia do Sul (+1,7%). No Centro-Oeste e no Norte também houve aumento de 2,8% e 1,3%, respectivamente. Já no Sudeste e no Nordeste, o setor industrial apresentou quedas mais brandas no consumo de, respectivamente, 0,5% e 3,8%.
No consumo residencial, aponta a EPE, o crescimento de 2,8% em julho é o quinto consecutivo no ano, confirmando a trajetória ascendente do consumo residencial de eletricidade nos últimos meses. No mês o consumo na classe atingiu 10.380 GWh, sendo que desde abril, o consumo médio nas residências mostra-se em recuperação moderada. Em 2015, a piora da economia e o choque tarifário levaram a uma forte retração no consumo, fazendo com que o consumo médio residencial regredisse a patamar semelhante ao de 2013. Entretanto, as quedas verificadas em relação a igual mês do ano anterior estão cada vez menos intensas, possivelmente, de acordo com a EPE, devido a certo alívio nas medidas de redução do consumo adotadas em reação ao choque tarifário.
Na classe comercial, o consumo, em julho, totalizou 6.706 GWh, o que representa uma queda de 1,6% ante o mesmo mês de 2015. Notou-se queda em praticamente todos os estados do Sudeste (-3,1%), Sul (-1,6%) e Centro-Oeste (-1,8%), exceção somente em Santa Catarina (1,9%) e Goiás (1,6%). No Norte e no Nordeste, ao contrário, houve avanço no consumo comercial, com as maiores taxas no mês sendo verificadas no Pará (5,6%) e no Ceará (4,5%), respectivamente.