Fonte: O Globo
Presidente diz esperar aumento da produtividade do trabalhador com respeito ao relógio biológico
O presidente Jair Bolsonaro assinou ontem decreto que acaba como horário deverão, confirmando anúncio feito no início de abril. Segundo o governo, estudos indicaram que adiantar os relógios em uma hora entre outubro e fevereiro—inaugurada em 1931 — já não tem impacto econômico
significativo coma redução do consumo de energia, dados os avanços tecnológicos. O presidente argumentou ainda que o respeito ao relógio biológico dos trabalhadores aumentará a produtividade.
Bolsonaro assinou o decreto ao lado de parlamentares que haviam proposto projetos de lei com este fim. O horário de verão fica totalmente extinto no Brasil — não apenas em 2020, como divulgado anteriormente. O governo terá de editar um novo decreto se quiser retomá-lo.
— Não tem nada a ver com economia de energia. E, não mais mexendo no relógio biológico, a produtividade do trabalhador aumentará — disse Bolsonaro, citando pesquisas contratadas pelo governo que apontam 70% de rejeição ao horário de verão.
Fernando Blower, presidente do sindicato debares e restaurantes do Rio( Sind Rio ), teme que a decisão tenha impacto negativo no setor com mudança de hábitos. Segundo ele, com dias mais longos, os últimos verões têm registrado aumento de 20% a 30% no movimento dos estabelecimentos:
— Nessa crise, qualquer mudança é preocupante.