Entre as classes de consumo, a industrial teve queda de 2,5% em maio, o maior desde julho de 2016
Da Agência CanalEnergia
O consumo de energia elétrica somou 37.955 GWh em maio, representando decréscimo de 1,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. A demanda de energia teve recuo nas regiões Sul (-2,4%), Sudeste (-1,9%) e Nordeste (-2,1%), enquanto avançava no Norte (1,8%) e Centro-Oeste (1,7%). Segundo a Empresa de Pesquisa Energética, no acumulado de 12 meses, o consumo nacional de eletricidade exibiu estabilidade em maio.
O mercado cativo apresentou redução de 8,1% em maio e de 5,5% em 12 meses. Entre as classes de consumo, a industrial teve queda de 2,5% em maio, o maior desde julho de 2016. Houve declínio também na classe Comercial (-2,4%) e Outras Classes (-2%); já o segmento residencial apresentou leve alta de 0,7%. Por sua vez, o consumo no mercado livre aumentou 17,3% no mês e 16,6% em 12 meses.
De acordo com a EPE, o consumo industrial somou 13.496 GWh. Com a queda de maio, de 2,5%, o consumo da classe está estabilizado no ano, em comparação aos cinco primeiros meses de 2016. Em 12 meses, a queda é de apenas 0,2%. Dos dez segmentos industriais que mais demandam energia, quatro apresentaram elevação no consumo, com destaque, para extração de minerais metálicos (7,8%) e Papel e Celulose (2,1%). A maior queda de consumo foi da produção de minerais não-metálicos (6,9%), Metalurgia (-4,7%) e Química (-4,5%).
Entre as regiões, Sudeste (-3%) e Nordeste (-10,3%) registraram em maio os menores consumos para o mês em toda a série monitorada pela EPE desde 2004. Por sua vez, Sul (2,5%), Centro-Oeste (1,7%) e Norte (0,8%) anotaram avanços no mês.
A classe residencial totalizou 11.010 GWh de consumo em maio. A região Sul apresentou redução de 6,6% na demanda, puxada por Santa Catarina (-11,6%) e Rio Grande do Sul (-7%), onde a choveu muito mais do que o esperado para o mês. No Sudeste, houve alta de 0,7%, com os dois maiores mercados apresentando desempenhos distintos, enquanto o consumo cresceu em São Paulo (3,3%), no Rio de Janeiro teve queda de 5%.
O aumento do consumo no mês foi maior no Norte (+4,9%) e no Centro-Oeste (5,7%), regiões, que, no ano, apresentam baixo desempenho, com, respectivamente, retração de 2,3% e crescimento nulo. No Norte, a alta foi influenciada, principalmente, por Pará (8%) e Rondônia (12,3%), que, amenizaram a queda de 1% no Amazonas, o segundo maior mercado regional. No Centro-Oeste, o maior impacto veio do Mato Grosso, com alta de 14,4%, puxado por altas temperaturas e campanha de recuperação de perdas iniciada no primeiro trimestre, além de uma base de comparação baixa. No Nordeste, a alta ficou em 3%, onde apenas Maranhão (-3,5%) e Ceará (-1,5%) apresentaram resultado negativo.
O consumo da classe comercial atingiu consumo de 7.199 GWh em maio. Houve redução do consumo nas regiões Sul (-6,4%) e Sudeste (-3%), com todos os estados apresentando redução, tendo as maiores quedas acontecido no Rio Grande do Sul (-7,7%) e São Paulo (-4%), estado que corresponde por mais da metade do consumo da classe na comparação com maio de 2016.
No Nordeste, a elevação é de apenas 0,6%, afetada pelas retrações em Maranhão (-5,9%), Ceará (-1,7%) e Pernambuco (-1,6%), pois os demais estados apresentaram alta, sendo a maior em Alagoas (4,7%). No Norte também houve alta de 0,6%, liderada pelo Pará (3%), que compensou a queda no Amazonas (-4,2%). Na região Centro-Oeste, o consumo comercial cresceu 1%, com os estados do Mato Grosso e Goiás em elevação, 7,7% e 2,1%, respectivamente, e Mato Grosso do Sul e Distrito Federal em queda de 3% e 3,1%.