Demanda de eletricidade avançou 2,0% no primeiro trimestre contra igual período de 2016, totalizando 118.273 GWh
Da Agência CanalEnergia, Consumidor
O consumo nacional de energia elétrica na rede totalizou 40.371 GWh em março, o que representa um crescimento de 2,9% em relação ao mesmo mês de 2016. Os dados constam da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética no último dia 28 de abril. O documento mostra que a demanda de eletricidade avançou 2,0% no primeiro trimestre contra igual período do ano passado, totalizando 118.273 GWh. Este foi o primeiro aumento neste período desde 2014.
Entre as regiões do país, os maiores avanços foram registrados no Sul (9,0% em março e 5,5% no trimestre) e no Sudeste (3,4% em março e 2,2% no trimestre). Enquanto o mercado cativo das distribuidoras apresentou redução de 3,7% em março e de 4,8% no trimestre, o crescimento do consumo livre atingiu 22,9% no mês e 23,2% no primeiro trimestre. Em relação ao número de unidades consumidoras de energia elétrica no país, o avanço foi de 2,1% em março em relação ao mesmo mês de 2016.
No corte por classe de consumo, o maior crescimento se deu no residencial, com alta de 7,8%, seguido de comércio e serviços (1,8%) e de outras classes, como rural e poder público (1,6%). O forte crescimento do consumo residencial em março se deve às regiões Sul e Sudeste, onde a temperatura teve influência significativa sobre o resultado. Nas demais regiões, influenciadas pelas condições desfavoráveis da economia, que acabam impactando no consumo das famílias, o consumo residencial foi mais moderado.
O consumo industrial estagnou, com variação positiva de apenas 0,1%. Dos 10 setores da indústria que mais demandam energia elétrica, cinco tiveram desempenho positivo em março: têxtil (8,3%), metalúrgico (4,8%), automobilístico (2,4%), papel e celulose (1,5%) e extração de minerais metálicos (0,6%). Na visão regional da indústria, o Sul foi a única região com avanço no consumo de energia elétrica no mês (5,0%), impactado pelo crescimento dos ramos têxtil (24,0%), papel e celulose (13,9%) e metalúrgico (14,1%).