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Conselho Nacional de Consumidores de Energia Elétrica

CCEE: Brasil poder ter recuperação de armazenamento similar ao de 2012

Estimativa aponta fevereiro de 2017 com nível de reservatórios 20 pontos porcentuais acima do que está previsto para este mês

Mauricio Godoi, da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção

O Brasil poderá chegar ao final de fevereiro de 2017 com um nível de armazenamento 20 pontos porcentuais acima do que está previsto para o final deste mês. Essa projeção é da considerando a energia natural afluente esperada para o ano associada ao despacho de térmicas por segurança energética. A estimativa aponta para um armazenamento de 58% no SIN em 29 de fevereiro deste ano enquanto que daqui a doze meses as premissas são de 78% de toda a capacidade que o Brasil dispõe.

No evento mensal InfoPLD, realizado nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, a Câmara apresentou as projeções referentes aos próximos 14 meses a partir do Programa Mensal de Operação deste mês do ONS. Com base nesses dados o armazenamento do país poderia alcançar até 85% de sua capacidade em março de 2017. “Esse volume representa ter o mesmo nível registrado em 2012” lembrou Wesley Pavan, analista de preços da CCEE, durante sua apresentação.

Considerando a pior série história já registrada o nível de armazenamento do SIN já estaria, nessa mesma base de comparação, em 49%, um nível mais elevado do que os atuais 41% ao final de janeiro.

Apesar dessa melhora no cenário, a CCEE não projeta mais a possibilidade de geração de energia secundária. Esse ano, a perspectiva é de que em todos os meses seja observado déficit de geração. A média do GSF deste ano é calculada atualmente em 91,3% o indicador mais próximo da garantia física desde 2014. Somente para o mês de fevereiro, a estimativa da câmara é de que o GSF seja de 85,6%. Em janeiro os dados preliminares apontam para 77,2%. Já considerando a sazonalização flat para fins de repactuação do risco hidrológico os indicadores ficaram em 94% para fevereiro e 89,3% em janeiro.

Assim, a projeção de ESS para este ano está em R$ 4,738 bilhões, sendo que os maiores valores serão gerados até o mês de abril. Nos meses de maio, junho, novembro e dezembro a perspectiva é de um patamar de valores entre R$ 39 milhões e R$ 20 milhões e no restante dos meses ficaria zerado esse encargo. Para os primeiros meses de 2017 o valor seria menor ainda com R$ 19 milhões em janeiro e R$ 12 milhões em fevereiro.

Quanto ao PLD, o Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte apresentam uma tendência de manter o piso do preço até março de 2017. No Nordeste deverá persistir o descolamento dos valores até maio deste ano e a partir de então chegar finalmente ao piso. Contudo, no último mês desse horizonte analisado é possível ver uma nova elevação do PLD.

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