Meta representará um crescimento de 27% em relação aos R$ 70,8 bilhões desembolsados em 2017
A boa notícia é que a partir do segundo semestre de 2017 ocorreu a reversão das curvas de tendência das consultas, enquadramentos e aprovações (fases anteriores aos desembolsos), o que nas palavras de Rabello, “é altamente significativo”.
Para este ano, o banco trabalha com a expectativa de superar a marca de R$ 90 bilhões em desembolsos. Caso a meta seja alcançada, o valor representará um crescimento de 27% em relação ao resultado de 2017.
Em 2017, o destaque setorial ficou com infraestrutura, que apresentou crescimento de 4% nos desembolsos, chegando a R$ 26,9 bilhões. De janeiro a dezembro, o banco liberou R$ 13,8 bilhões para o segmento de energia elétrica, crescimento de 44% em relação ao resultado de 2016.
O desempenho do setor elétrico foi sustentado pelos empreendimentos desenvolvidos, principalmente, pelos segmentos de geração eólica e de linhas de transmissão. Também por isso, houve um crescimento de 24% nos desembolsos para projetos de infraestrutura na região Nordeste.
“Houve alguns setores, eu citaria energia elétrica, mais especificamente energia eólica e principalmente na região Nordeste, {…} que isoladamente não enxergou a recessão”, destacou Rabello, que esteve em São Paulo nesta terça-feira, 30 de janeiro, para apresentar os resultados do BNDES em 2017.
A presença de Rabello em São Paulo teve um motivo simbólico. O BNDES tem buscado se aproximar dos potencias clientes nas diversas regiões do país. O executivo anunciou que nos próximos dias o banco deve anunciar mais cinco novas sedes regionais, que vão se somar as sedes de São Paulo, Brasília e Recife.
Outros indicadores
Em 2017, as consultas somaram R$ 99,2 bilhões, queda de 10% em relação a 2016. Os enquadramentos totalizaram R$ 89,5 bilhões (-9%) e as aprovações atingiram R$ 74,8 bilhões (-6%).
As liberações para micro, pequenas e médias empresas cresceram 9% no período e atingiram R$ 29,7 bilhões. O valor representa 42% do total desembolsado pelo banco e é um recorde histórico de participação das empresas desse porte no desempenho do BNDES.
Parte desse desempenho deve-se ao financiamento de capital de giro, que o banco intensificou no ano passado para ajudar as empresas a atravessar o momento de crise. Foram liberados R$ 7,1 bilhões para tal finalidade.
Também contribuiu para o desempenho a linha BNDES Finame, que financia a aquisição de máquinas e equipamentos, cujos desembolsos cresceram 11%, atingindo R$ 19,7 bilhões.